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Viver um luto é fazer um mergulho profundo na imensidão que somos

Foto do escritor: Roberta RochaRoberta Rocha


Hoje o #tbt #sobrenosmulheres é em homenagem a Julieta Hernandes, migrante nômade, bonequeira, palhaça e viajante de bicicleta.



Nos primeiros dias após a notícia da sua morte, comentei com uma amiga que parte de nós, mulheres, também morria com ela, aquela parte, corajosa e disruptiva, que se alegra e fortalece quando outra mulher faz algo grandioso e corajoso que muitas de nós, assim como eu, não teriam coragem de fazer, mas que já desejou.



Fiquei sentindo no meu corpo a dor da partida de Julieta, tive noites mal dormidas, conversas densas e tristes com amigas, com questionamentos sobre o quanto já avançamos ou não em direitos básicos e dignos de se viver sendo mulher, é muito desesperador pensar que a mulher que decidir viajar sozinha está em algum nível, correndo risco de vida.



Viver um luto é fazer um mergulho profundo na imensidão que somos, após este mergulho voltei em algum nível que foi possível esperançar, para assim, quem sabe, se apropriar do possível para ser e estar como mulheres desejantes, viajantes…



Obrigada, Julieta. ❤️





Roberta Rocha


Psicóloga, Escritora, Facilitadora de encontros entre mulheres

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