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A rotina, com tantas demandas e uma lista infinita de “fazeres”, nos empurra para um modo de produção, de entregas e checks nas pendências. Não sei como você faz para se resgatar, mas eu, além de ler, escrever e tomar um banho mais demorado, incluo na minha rotina pequenos e essenciais rituais.
Tenho percebido, a cada ano, como até a terapia tem sido colocada nesse lugar de performance. Quem faz carrega quase um selo de “certificação de eficácia”, como se isso garantisse uma mudança imediata.
Vejo, também, a terapia sendo oferecida como mais um item em uma lista de tarefas, mais um compromisso a cumprir. Isso desconsidera, inclusive, que muitas pessoas em diferentes contextos sociais sequer têm a possibilidade de estar em um processo terapêutico.
Não é raro escutar mulheres nos seus processos individuais com essa autocobrança. Como se fazer terapia fosse resolver tudo no tempo de um vídeo curto. Mas a terapia, independentemente da abordagem, tem algo em comum: ela se faz com diálogo, com tempo e com presença.
É aí que os rituais me salvam, também, desses atravessamentos.
No final do ano, em meio às retrospectivas, presentes e celebrações, celebro também com elas: aquilo que foi, aquilo que está por vir.
É um presente simbólico. Todos os anos penso em como quero ritualizar nossos encontros ao longo de um ano.
Escolho algo feito pelas mãos de outra mulher, porque isso carrega história e afeto. Este ano, optei por flâmulas, criadas por @e.lla.reis Elas simbolizam, opcionalmente, claro, um lembrete de onde estão e de como podem seguir em seus movimentos. Para cada uma, tirei uma palavra do oráculo do pão e escrevi um bilhete.
Obrigada, mulheres, por confiarem em mim suas histórias.
Com amor,
Rô
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