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Outra autobiografia

Foto do escritor: Roberta RochaRoberta Rocha

Foi uma leitura muito difícil de terminar, li pausadamente cada capítulo que deixava convites para o silêncio e reflexão sobre a vida, sobre a finitude.


Na primeira autobiografia eu me senti próxima a Rita, nessa outra biografia é como se estivesse ao lado da Rita, segurando sua mão.


Rita mais uma vez foi amorosa e muito generosa e nos entregou um presente em forma de livro, não nos poupou de detalhes do que sentia ao passar pelo tratamento de câncer e a consciência da finitude da sua vida estar próxima.


Algumas pessoas dizem que ela foi forte, eu penso que para além de ser forte ela estava consciente. Uma consciência de quem viveu a vida como desejava viver.


Rita de corpo era pequena, mas de alma ela sempre será gigantesca.


Durante a leitura me senti resistente e triste em terminar o livro porque eu sabia o que viria depois, a morte, o fim. Ao entrar no último capítulo algo em mim ficou diferente, se transformou. O livro acabou, mas Rita não morreu.


Uma parte da Rita morreu, mas tantas outras partes renasceram em mim, em nós.


Ritinha, você fez um monte de gente feliz, fez um monte de mulher sentir prazer com o próprio jeito de ser, nos livrou de uma "vidinha besta"


"Quando digo que me dei conta de estar velha, falo não apenas da aparência, mas principalmente da existência em si. Estou vivendo uma fase especial, cheia de perguntas, e tenho a sensação de estar grávida, de me autoparir feito cobra quando abandona a pele antiga e outra renasce ainda mais poderosa"


Obrigada Rita por tanto!


Roberta Rocha

Psicóloga, Escritora, Facilitadora de encontros entre mulheres

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