Pode ler, não tem spoiler.
A série Os Outros (oSOUtros) já começa com uma provação a reflexão:
Sou os outros, nós somos os outros.
O que muda em mim quando me reconheço, conscientemente, que EU sou o OUTRO de alguém, o que muda no meu olhar? no meu julgamento? no meu comportamento?
São muitas reflexões que pretendo escrever e compartilhar aqui com vocês em outros posts.
A história se passa em um condomínio de classe média no Rio de Janeiro, o que está em nosso imaginário quando pensamos em condomínio?
O meu é segurança e lazer. Já no primeiro capítulo a série nos mostra que não há garantias de segurança quando dependemos do outro também no que se refere aos nossos anseios.
Estourar a nossa bolha é um tanto assustador. A forma com que o enredo vai sendo contado é angustiante.
Cada família com sua história parte de um lugar na resolução do conflito, o desenrolar é de maratonar a série, isto porque a ficção conversa com a nossa realidade.
A série começa com uma briga entre dois adolescentes, Marcinho e Rogério, após o ocorrido suas famílias são envolvidas para “resolver o conflito”.
As famílias protagonistas ganham vida com um elenco de alto nível.
Adriana Esteves, nossa eterna Carminha, entrega tudo para sua personagem Cibele, seu marido Amâncio, interpretado por Thomas Aquino. Eles são pais de Marcinho, interpretado por Antonio Haddad.
Milhem Cortaz que interpreta maravilhosamente o Wando, Maeve Jinkings dá vida a Mila, esposa do Wando e mãe do Rogério, interpretado por Paulo Mendes.
Ainda no elenco tem Eduardo Sterblitch como Sérgio, que não me fez rir não, Gi Fernandes que é Lorraine, filha de Sérgio, Drica Moraes que está maravilhosa como a síndica Lúcia, típica “cidadã de bem”.
Tem conteúdo de violência, relacionamento abusivo, corrupção.
Me conta, você já assistiu? ficou convidada a assistir?
Roberta Rocha ❤️
Psicóloga, Escritora, Facilitadora de encontros entre mulheres
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