Eu não tenho nenhuma receita mágica pra te passar sobre não se comparar e também isto não seria possível.
Meu convite é incluir para poder elaborar. Pra mim qualquer tentativa de exclusão é falha.
A comparação é um ato que pode ou não ser prejudicial para você, depende do que você faz depois de se comparar.
Vou te explicar.
Percebo na minha escuta diária de mulheres e também no meu próprio processo de autoconhecimento uma trava diante da comparação que começa com uma imagem idealizada que é construída em nós, por nós, reforçada pelo capitalismo, patriarcado, redes sociais.
Talvez com um exemplo consiga me explicar melhor.
Durante a pandemia eu via que muitas psis e terapeutas estavam fazendo grupos, cursos, workshops online. Diante disso, criei uma imagem idealizada de que também precisaria fazer, mas o meu contexto não era favorável para tal ação.
Fiquei dias e dias nadando contra a correnteza que estava forte e impiedosa. Me senti incapaz, insuficiente entre outras sensações até aceitar que não era possível pra mim diante das escolhas que fiz.
Tem uma imagem que a comparação nos devolve que se eu congelo nesta imagem é ladeira abaixo, se eu considero como uma informação que compõe um contexto sobre mim pode ser que faça algo de bom com o que recebi.
Na maioria das vezes que comparamos e não consideramos o contexto, o nosso e do outro. Vemos resultado e não vemos processo, escolhas e renúncias.
Assim como o olhar do outro é importante para nós, aquilo que olhamos do outro também é. Isoladamente não nos define, mas compõe o que somos.
Você já se viu neste lugar travada na comparação?
Roberta Rocha ❤️
Psicóloga, Escritora, Facilitadora de encontros entre mulheres
Comments