top of page

Nada é tão nosso quanto nossos lutos

Foto do escritor: Roberta RochaRoberta Rocha



O luto é um percurso. Boa parte deste percurso se faz na solidão. Não porque não haja pessoas por perto, mas porque é preciso introspecção e silêncio para poder escutar o que aquela dor tem a dizer sobre a singularidade daquela história.



Lembro de cada abraço, de cada palavra dita no ritual de despedida do meu pai. Receber amparo e amor me nutre ainda quando me falta o ar ao mergulhar na ausência que me leva à consciência do irreversível.







Os dias, meses e anos foram passando. Aprendi a ritualizar, a suportar a tristeza, a dar um lugar para ela, a acomodar a saudade e a aceitar o luto como o percurso possível para se fazer na história que se fez em vida.



Este ano, na minha escuta clínica, tenho acompanhado alguns processos de luto.



Mulheres que acolho estão vivendo o início deste percurso, que tende a ser perturbador no início porque é desconhecido. Dar as mãos a elas, cuidando para estar com elas e não fazer por elas o que somente elas poderão fazer, compondo seu percurso com a singularidade que aquela história representa em suas vidas.



♥️



Roberta Rocha Psicóloga, Terapeuta de casais e famílias, Facilitadora de encontros entre mulheres



2 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page