![](https://static.wixstatic.com/media/538be6_ded03dc614484b6e877a763e5470d6c9~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_1225,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/538be6_ded03dc614484b6e877a763e5470d6c9~mv2.jpg)
O luto é um percurso. Boa parte deste percurso se faz na solidão. Não porque não haja pessoas por perto, mas porque é preciso introspecção e silêncio para poder escutar o que aquela dor tem a dizer sobre a singularidade daquela história.
Lembro de cada abraço, de cada palavra dita no ritual de despedida do meu pai. Receber amparo e amor me nutre ainda quando me falta o ar ao mergulhar na ausência que me leva à consciência do irreversível.
![](https://static.wixstatic.com/media/538be6_54bc4e515bc54aa883e10416fc2487e2~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_1225,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/538be6_54bc4e515bc54aa883e10416fc2487e2~mv2.jpg)
Os dias, meses e anos foram passando. Aprendi a ritualizar, a suportar a tristeza, a dar um lugar para ela, a acomodar a saudade e a aceitar o luto como o percurso possível para se fazer na história que se fez em vida.
Este ano, na minha escuta clínica, tenho acompanhado alguns processos de luto.
Mulheres que acolho estão vivendo o início deste percurso, que tende a ser perturbador no início porque é desconhecido. Dar as mãos a elas, cuidando para estar com elas e não fazer por elas o que somente elas poderão fazer, compondo seu percurso com a singularidade que aquela história representa em suas vidas.
♥️
Roberta Rocha Psicóloga, Terapeuta de casais e famílias, Facilitadora de encontros entre mulheres
![](https://static.wixstatic.com/media/538be6_ded03dc614484b6e877a763e5470d6c9~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_1225,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/538be6_ded03dc614484b6e877a763e5470d6c9~mv2.jpg)
Comments