Eu conheço muitas mulheres salvadoras, elas são mães, filhas, namoradas, esposas.
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A socialização feminina também nos treina para este lugar “sagrado e de muita importância”. Um lugar tentador, tem seus ganhos e também suas perdas.
A imagem da mulher que salva está nas séries, literatura, filmes. São muitas Belas salvando Feras.
É confuso, uma linha tênue entre ajudar, acolher, colaborar e o desejo de salvar.
Sim, fica no campo da tentativa. Na minha experiência de escuta ainda não acolhi alguém que conseguisse salvar o outro das suas próprias escolhas e movimentos.
As mulheres salvadoras estão constantemente fazendo a manutenção das relações, especialmente, dos seus casamentos.
Elas chegam com toda aquela sobrecarga da casa, do trabalho, dos filhos e também com a responsabilidade de resolver em si o que precisa ser resolvido no “nós”, salvar o outro se torna a dinâmica da relação, uma forma de existir.
Mas elas também desejam ser salvas quando se veem refém de si mesmas.
Quem salva a mulher salvadora?
Ela mesma.
Roberta Rocha
Psicóloga, Escritora, Facilitadora de encontros entre mulheres
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