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Terminei de ler o livro da @janaisa “Escrever Sem Medo” e pensei: não tenho medo de escrever. Aliás, foi a escrita que me salvou de mim mesma desde menina. Foi pela escrita que já pude elaborar minhas angústias, nomear minhas sensações, organizar meus pensamentos. A escrita que me suportou tantas vezes diante da tristeza e do medo, eternizou aquilo que eu não queria que se perdesse com o tempo.
Então, em que momento eu passei a ter medo de escrever?
Demorei um tempo nesta reflexão. Lembrei que por um período, estava escrevendo exclusivamente para publicar nas minhas redes sociais. Pensava em temas, fazia um cronograma, solicitava a arte, escrevia e publicava. Por um tempo, funcionou. Mas fui me percebendo ansiosa a cada vez que publicava pois esperava que fosse lido, curtido e comentado. Quando não tinha o engajamento esperado eu me frustrava e projetava no próximo texto a expectativa de ser “o texto”.
Foi assim que fui perdendo a espontaneidade na minha escrita, duvidando da minha capacidade de escrever me distanciando da intenção de oferecer pela escrita reflexões que pudessem ajudar outras mulheres.
Depois de um hiato, fiz um combinado comigo mesma: voltaria a escrever pra mim e aquilo que eu me sentisse confortável de publicar, assim faria e, quem sabe fizesse sentido para alguém. E tem sido assim há uns dois anos. Ficou mais fluido quando eu voltei para dentro de mim, escrevendo a partir daquilo que me afeta, me desorganiza, que observo…
A leitura do livro me lembrou de que escrever é sagrado pra mim.
Sim, tem um caminho de normas, processos e ferramentas quando se quer chegar em algum lugar com o texto, e entre o certo e errado tem um abismo de possibilidades.
♥️
Roberta Rocha Psicóloga, Terapeuta de casais e famílias, Facilitadora de encontros entre mulheres
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