Conheci a Tamara Klink pelas redes sociais, quando alguém compartilhou um de seus vídeos sobre a expedição do Atlântico. Fiquei curiosa e admirada por ver uma mulher fazendo algo tão audacioso, desafiando o que dizem ser possível para mulheres.
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Passei a acompanhar suas postagens e, em outro momento, associei que ela era filha do Amyr Klink, o velejador admirado pelo meu pai, o livro do Amyr foi um dos que escolhi manter comigo, como uma herança que conta do meu pai.
Voltando à Tamara, foi no Roda Viva que me apaixonei pela sua história e pelas suas perspectivas de vida, suas falas me tocaram profundamente.
Um delas ainda viva aqui é quando ela fala sobre a importância do processo que, mesmo se ela não tivesse saído do porto com a Sardinha, tudo já teria valido a pena, é um daqueles lembretes precioso: a vida é muito mais do que aquilo que produzimos e reproduzimos, medidos e validados por resultados ou curtidas.
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Tamara é consciente dos seus privilégios e reconhece que suas escolhas só foram possíveis a partir deles. Ainda assim, não passou ilesa de assédios, da falta de incentivo, da desconfiança por conta da sua idade e dos medos que acompanham mulheres audaciosas.
O livro Nós, me envolveu ainda mais. Tamara não narra apenas expedições marítimas, ela revela seus processos internos, fala de medos, aprendizados e da importância de não romantizar as travessias, qualquer uma delas.
Suas palavras me inspiraram a refletir sobre os caminhos que escolhemos e ainda assim não temos controle, sobre o que deixamos para trás e sobre a coragem de se lançar ao desconhecido, mesmo quando tudo é incerteza, me lembrou que o mar é infinito, que o essencial está no processo de partir, no que se vive no presente e não apenas no destino que queremos alcançar.
Obrigada @tamaraklink por compartilhar com a gente parte da sua vida.
Roberta Rocha
Psicóloga de meninas e mulheres | Terapeuta de casais e famílias | Facilitadora de encontros entre mulheres
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