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Esta sou eu com meu pai.
Esta sou eu saltando de paraquedas.
Estou voando nas duas, é assim que me vejo nas fotos.
Eu não me lembro deste dia da foto com meu pai, mas a imagem é uma referência de segurança e acolhimento, se eu caísse teria abrigo.
Já na segunda foto que estou em queda livre eu posso ainda sentir o medo no meu corpo quando me lembro deste dia.
Eu fui uma criança que cresceu com tantos medos, que tinha um jeito mais introspectivo de estar no mundo, que se inundava em pensamentos corajosos que viravam as mais diferentes histórias, das mais fofas as mais catastróficas.
Eu fui uma criança que desejava muitas respostas, mas que não fazia muitas perguntas por medo, na ausência destas respostas eu criava muitas histórias na minha cabeça, falava sozinha, buscava respostas na observação, escutando conversas dos adultos, lendo livros, revistas e jornais.
O que separa uma foto da outra? O tempo. Foi com o tempo que parei de contar que tinha sido uma criança medrosa, que passei a contar da coragem que tive desde menina para enfrentar meus medos para viver o que desejava viver, do jeito que sentia que era bom pra mim.
Depois de um retiro de mulheres fiz este poema pra deixar a menina e a mulher uma ao lado da outra sempre!
A menina que fui entrega para mulher que sou
algo que ficou perdido pelo caminho
A mulher que sou entrega para menina que fui
algo que lhe faltou
A menina que fui se sente acolhida
A mulher que sou se sente fortalecida
Betinha e Roberta Rocha
Psicóloga, Escritora, Facilitadora de encontros entre mulheres
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