![](https://static.wixstatic.com/media/538be6_14397751f0a04904a611ecccd37e3b6b~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_1225,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/538be6_14397751f0a04904a611ecccd37e3b6b~mv2.jpg)
Mais uma cena da série #annewithane que me tocou muito, Marília com seu irmão mais novo, o Matthew, num diálogo emocionante sobre como cada um percebe que reagiu as adversidades da vida.
Marilla, uma personagem que me atravessa de muitas formas. Ainda muito menina assumiu os cuidados da casa e da família diante da falta da sua mãe.
Para a sociedade a mulher salvadora, cuidadora e fazedora são vistas como fortes, mas também chatas e amargas quando associadas a outras imposições e contextos.
No caso da Marilla com um reforço de não ter se casado, se hoje ainda perpetuamos o casamento como um status, uma imagem de felicidade e sucesso, imagine na época (1890) em que ela vivia?
Ela me lembra muitas mulheres que de tão fortes se tornaram duras para suportarem as suas escolhas e renúncias.
A dureza como uma defesa, uma forma de existir.
Quantas coisas deixamos de identificar e acolher em nós quando usamos a dureza como uma barreira?
Quantas vezes precisamos adoecer para olharmos para nós?
Para que entre luz precisamos de uma brecha, uma rachadura na nossa casca.
A chegada da Anne na família trouxe uma nova perspectiva dos irmãos, Marilla e Matthew, existirem e cuidarem de suas dores.
Aí me emociono só de lembrar desta cena! ❤️
Roberta Rocha ❤️
Psicóloga, Escritora, Facilitadora de encontros entre mulheres
Comments