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A culpa no maternar é uma queixa recorrente na minha escuta de mulheres.
Quem é que nunca escutou ou até já disse:
Nasce uma mãe, nasce uma culpa.
Presas a culpa as mães se reduzem até caberem num espaço tão apertado que elas se sentem pequenas, impotentes, frustradas e assim adoecem.
A culpa não é a causa, é um sintoma.
A sociedade patriarcal e capitalista impõe um padrão para as mulheres ao se tornarem mães. Identificada com a performance e imagem imposta de ser uma boa mãe acabamos perpetuarmos este comportamento.
Uma das imposições que pra mim, a mais adoecedora é da mulher esquecer que ela tem outros desejos além de maternar.
Sustentar uma mulher desejante e ser mãe é dado como água e óleo, não se misturam. Porém, existe um movimento de mulheres que, assim como eu, querem emancipação.
Desejamos perpetuar uma nova forma de existir como mães, um caminho entre a romantização e o sofrimento.
Para isto, precisamos de mais mulheres mães em cargos públicos e privados que contemplem ações e políticas públicas em sintonia com um maternar mais possível, menos ideal e adoecedor.
Roberta Rocha ❤️
Psicóloga, Escritora, Facilitadora de encontros entre mulheres
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